Não podemos compactuar com a barbárie. Não podemos nos acostumar com a selvageria. Não podemos permitir que fatos trágicos como esses entrem na rotina da vida dos moradores do Estado do Rio de Janeiro. Não podemos aceitar como acontecimento normal, que já nem causa mais espanto, o assassinato de policiais no Estado do Rio de Janeiro.
Todos nós, individualmente, nos chocamos e condenamos essa onda injustificada de crimes. Todos nós, como seres humanos, nos olhamos, pasmos, como a que perguntarmos por que motivo isso está acontecendo, se essa matança indiscriminada não tem que ser estancada urgentemente.
Claro que sim, já passou da hora. A vida é um bem precioso, uma dádiva nos concedida por Deus. A ninguém é dado o direito de exterminá-la, principalmente se isso ocorre como num ritual macabro, como num circo de horrores.
Em 2017, um total de 134 policiais foram assassinados no Rio de Janeiro, o que dá uma morte a cada 2, 7 dias. Somente no primeiro semestre deste ano, essa estatística já atingiu a tenebrosa quantia de 64, o que dá quase a mesma média do ano passado: um agente da lei, um agente da ordem, que tem como missão garantir a nossa segurança, morto a cada 2,8 dias.
Sim, indignamo-nos pessoalmente, mas não como um coletivo. Não vejo a sociedade fluminense sair desse estado de torpor, dessa letargia. Comentar entre nós, familiares e amigos, reclamar pelas redes sociais, é claro que não é suficiente. É preciso mais, muito mais. É fundamental que nossas instituições se levantem e protagonizem um combate a tudo isso. É imprescindível que a OAB, a ABI, o CREMERJ, o CREA, os sindicatos e as entidades sindicais, a Firjan, a Associação Comercial, os partidos políticos, sem exceção, a imprensa, as igrejas, a magistratura, o Lions, o Rotary, a Maçonaria, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as Forças Armadas, os clubes sociais, todos, enfim, se reúnam, sem vaidades e picuinhas, e tracem um plano efetivo para impedir que esse massacre, esse extermínio, continue.
A hora é agora! Basta! Reajamos, sociedade, enquanto ainda podemos fazê-lo!