Outubro Rosa: uma campanha essencial contra o câncer de mama – Iate Clube Jardim Guanabara

Outubro Rosa: uma campanha essencial contra o câncer de mama

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Neste mês, no Brasil e em muitos outros países, comemora-se o Outubro Rosa. As camadas da sociedade mais informadas sabem do que se trata, mas grande parte da nossa população ainda desconhece, não só a campanha, mas também as ferramentas disponíveis para se combater esse terrível mal que acomete as mulheres, principalmente a partir dos 30 anos de idade: o câncer de mama.

É muito importante se levar esse movimento para todos os recantos do Brasil, através dos meios de comunicação, redes sociais, debates, conversas, etc. Mas o que vem a ser o Outubro Rosa? Na década de 20, um grupo de norte-americanos lançou o laço rosa como símbolo da luta contra o câncer de mama. Mas, foi só a partir da década de 90 que se institucionalizou o chamado Outubro Rosa, como um movimento de conscientização da importância da prevenção dessa doença através do diagnóstico precoce.

Segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer -, os principais sintomas do câncer de mama são caroços fixos, endurecidos, e geralmente, indolores; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito; pequenos nódulos na região embaixo dos braços ou no pescoço; e saída espontânea de líquido dos mamilos. O Inca recomenda que, ao identificar alterações persistentes nas mamas, a mulher deve procurar imediatamente uma avaliação diagnóstica. Mas adverte: tais alterações, no entanto, podem não ser câncer de mama.

O primeiro passo que toda mulher deve fazer, pelo menos uma vez ao mês, é o autoexame da mama, de três a cinco dias após o aparecimento da mestruação ou, para as mulheres que já não menstruam, em uma data fixa. O importante é que todas as mulheres, após os 20 anos, com caso de câncer na família, ou com mais de 40, mesmo sem histórico em sua família, realizem o autoexame.

Mas como fazer esse autoexame? Segundo os especialistas, ele deve ser feito em três fases: primeiramente, fazer a observação em frente ao espelho; em seguidaapalpar a mama de pé, tentando encontrar algum caroço; e, finalmente, repetir a apalpação, mas deitada.

A Lei 11.664/2008 estabelece que todas as brasileiras têm direito a realizar a mamografia, a partir dos 40 anos. No Brasil existem cerca de 5 mil mamógrafos, sendo metade pertencente ao SUS. Em princípio, esse número seria suficinete, desde que todos estivessem em funcionamento, o que, infelizmente, não ocorre.  Ainda segundo entidades voltadas para esse tema, muitos mamógrafos estão em desuso, quebrados ou em manutenção, enquanto outros nem chegaram a sair das embalagens, por falhas na gestão ou falta de pesoal especializado para manuseá-los. Isso é muito grave e tem de ser combatido.

Além disso, existe uma concentração exagerada de mamógrafos no Sudeste e no Sul, havendo um déficit nas regioões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Assim, um maior número de pacientes desas regiões demora mais, perigosamente, para tratar e diagnosticar essa doença.

Um dado preocupante, constatado pelo IBGE, é que 40% das mulheres brasileiras, entre 50 e 69 anos, não fazem mamografia. Considerando-se que o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres e que o Inca estima que, apenas em 2016, surjam mais 57.960 novos casos desse tipo de câncer, que causou, em 2013, 14.388 mortes no Brasil, as pessoas responsáveis e com sensibilidade social têm que ligar o alerta e ajudar a divulgar maciçamente a campanha Outubro Rosa.

Afinal, a mulher é o esteio sentimental das famílias.   O possível falecimento de uma delas desarvora qualquer tecido familiar,  tanto em relação aos maridos quanto, principalmente, em relação aos filhos. Nossos es­forços, portanto, têm que ser no sentido de apoiar ostensivamente o movimento Outubro Rosa.

Espalhem essa idéia vocês também!